Com Grupo Makamba Brincante
60 min . LIVRE . CIRCO E BRINCADEIRA
Centro Cultural Alto Vera Cruz – R. Padre Júlio Maria, 1577 – Alto Vera Cruz
A Intervenção Makamba Brincante propõe uma interação com o público através das brincadeiras de repertório do grupo Makamba Brincante, conduzidas por Rozina Santiago e Rita Aragão. A partir de um número circense com bases da palhaçaria, as atrizes e brincantes criam situações para que o público – infantil e adulto – possam experimentar os jogos e atividades propostas. A intenção é que o público possa se conectar com brincadeiras que são o resgate da vivências das atrizes enquanto moradoras da Vila Acaba Mundo, além também do resgate de brincadeiras de bases africanas.
Makamba, de origem Bantu, é amigo no plural. Com essa ideia Roniza Santiago convida Rita Aragão para o projeto de brincadeiras na Vila Acaba Mundo – comunidade na zona sul de Belo Horizonte da qual fazem parte. Desde a inauguração deste projeto, as Machambas também vêm se apresentando em diversos festivais e eventos.
com Suellen Sampaio
27 min . LIVRE . TEATRO
Centro Cultural Lindeia Regina – Rua Aristolino Basílio de Oliveira, 445 – Regina
O primeiro impulso foi criar um trabalho solo de Suellen Sampaio. O primeiro material foi a música Peau de Chagrin – Bleu de Nuit, de Baloji, um rapper belga de origem congolesa. A letra da música fala de amor, um amor diaspórico. O segundo passo do processo foi o recolhimento de depoimentos de mulheres negras. A pergunta feita para estas mulheres: o que é o amor para você? A continuidade da criação se deu em ensaios abertos, conversas e leituras de textos de bell hooks. O experimento teve sua primeira apresentação na 8ª temporada da segundaPRETA e, em seguida, no FAN – Festival de Arte Negra. Em 2020, recebeu o prêmio Leda Maria Martins, na categoria CORPO ADEREÇO e participou do mOno_festival – segunda edição/SP. Em 2021, fez uma apresentação no Centro Cultural Barravento, em Manaus.
Atriz: Suellen Sampaio
Direção: Alexandre de Sena
Luz: Tainá Rosa
Produção: Aristeo Serranegra
com Marilda Cordeiro
25 min . LIVRE . DANÇA
Mimulus Cia. de Dança – R. Ituiutaba, 325 – Prado
ABORTO MEU | O solo é uma homenagem às mulheres negras que, por vários motivos, situações e condições, são levadas a tentar ou cometer o aborto. O aborto das mulheres negras escravizadas não era somente para livrar seus filhos do cativeiro, mas também uma forma de recusarem a reposição da mão-de-obra escravizada. O aborto das mulheres negras após a escravidão e até hoje é também uma maneira dessas mulheres livrarem seus filhos e filhas da violência, da fome, do preconceito, da injustiça social, do racismo. Com a leveza de sua dança e do movimento corporal, Marilda Cordeiro expressa em “Aborto Meu”, a dor e a beleza de ser Mulher Negra.
Coreografia: Marilda Cordeiro
Dançarina: Marilda Cordeiro
Música: “Lamento dos povos esquecidos” – Marcos Viana e Sergio Pererê
com Priscila Rezende
20min . LIVRE . PERFORMANCE
Centro Cultural Venda Nova – R. José Ferreira dos Santos, 184 – Jardim dos Comerciários
Anestesiar a crueldade, o sofrimento, a dor que assola cada vida negra que se vai vítima da violência, da injustiça e do racismo é com certeza um desejo constante. Mas, ao mesmo tempo, é necessário não deixar que estes fatos caiam no esquecimento, não deixar que essas vidas sejam enterradas fisicamente e também no tempo, tornando-se apenas mais um número na estatística. Assim, a artista enuncia seus nomes para que não sejam apagados. Declara suas vidas e suas mortes para dar significado à essa memória e torná-la presente e simbolicamente vivente. Na performance Brado, ao som de batidas do coração e tiros, a artista caminha e enuncia repetidamente o nome de diversas pessoas vítimas da violência policial e racial no Brasil, ao mesmo tempo em que carrega e distribui 111 rosas.
com JOSY.ANNE
40min . LIVRE . TEATRO
Espaço Cênico Yoshifumi Yag i/ Teatro Raul Belém Machado – R. Leonil Prata, s/n – Alípio de Melo
sons de renascimento, sons de vida e morte e vocalidades complexas contam a história de uma civilização que é perseguida por um bicho invisível, que quando se aloja no interior do indivíduo ele é movido pelo metabolismo da ganância. movimento, continuidade, autofecundação e, em consequência, eterno retorno. esses são um dos significados do símbolo do ouroboros: a serpente que come o próprio rabo serpenteia a dramaturgia cíclica da cena curta apresentando línguas criadas pelas artistas, cacofonias e silêncios que tensionam a ideia de exploração e desenvolvimento, devastação e civilização, consumo com existência. trazendo assim um espaço sonoro de reflexão.
concepção e criação : Josy.Anne
texto : Maré de Matos