A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte,
por meio da Secretaria Municipal de Cultura, apresenta

Quando: 14 de maio a 25 de junho

Onde: múltiplos espaços culturais

Aberto ao público & gratuito

programação

14.05 . sábado . 14h
Intervenção Makamba Brincante: CIRCO E BRINCADEIRA

Com Grupo Makamba Brincante

60 min . LIVRE . CIRCO E BRINCADEIRA

Centro Cultural Alto Vera Cruz – R. Padre Júlio Maria, 1577 – Alto Vera Cruz

A Intervenção Makamba Brincante propõe uma interação com o público através das brincadeiras de repertório do grupo Makamba Brincante, conduzidas por Rozina Santiago e Rita Aragão. A partir de um número circense com bases da palhaçaria, as atrizes e brincantes criam situações para que o público – infantil e adulto – possam experimentar os jogos e atividades propostas. A intenção é que o público possa se conectar com brincadeiras que são o resgate da vivências das atrizes enquanto moradoras da Vila Acaba Mundo, além também do resgate de brincadeiras de bases africanas. 

Makamba, de origem Bantu, é amigo no plural. Com essa ideia Roniza Santiago convida Rita Aragão para o projeto de brincadeiras na Vila Acaba Mundo  – comunidade na zona sul de Belo Horizonte da qual fazem parte. Desde a inauguração deste projeto, as Machambas também vêm se apresentando em diversos festivais e eventos. 

21.05 . sábado . 19h30
MARCAPASSO

com Suellen Sampaio

27 min . LIVRE . TEATRO

Centro Cultural Lindeia Regina – Rua Aristolino Basílio de Oliveira, 445 – Regina

O primeiro impulso foi criar um trabalho solo de Suellen Sampaio. O primeiro material foi a música Peau de Chagrin – Bleu de Nuit, de Baloji, um rapper belga de origem congolesa. A letra da música fala de amor, um amor diaspórico. O segundo passo do  processo foi o recolhimento de depoimentos de mulheres negras. A pergunta feita para estas  mulheres: o que é o amor para você? A continuidade da criação se deu em ensaios abertos, conversas e leituras de textos de bell hooks. O experimento teve sua primeira apresentação na 8ª temporada da segundaPRETA e, em seguida, no FAN – Festival de Arte Negra. Em 2020, recebeu o prêmio Leda Maria Martins, na categoria CORPO ADEREÇO e participou do mOno_festival – segunda edição/SP. Em 2021,  fez uma apresentação no Centro Cultural Barravento, em Manaus. 

Atriz: Suellen Sampaio 

Direção: Alexandre de Sena 

Luz: Tainá Rosa 

Produção: Aristeo Serranegra 

28.05 . sábado . 20h
ABORTO MEU / DUAS

com Marilda Cordeiro


25 min . LIVRE . DANÇA

Mimulus Cia. de Dança – R. Ituiutaba, 325 – Prado

ABORTO MEU | O solo é uma homenagem às mulheres negras que, por vários motivos, situações e condições, são levadas a tentar ou cometer o aborto. O aborto das mulheres negras escravizadas não era somente para livrar seus filhos do cativeiro, mas também uma forma de recusarem a reposição da mão-de-obra escravizada. O aborto das mulheres negras após a escravidão e até hoje é também uma maneira dessas mulheres livrarem seus filhos e filhas da violência, da fome, do preconceito, da injustiça social, do racismo. Com a leveza de sua dança e do movimento corporal, Marilda Cordeiro expressa em “Aborto Meu”, a dor e a beleza de ser Mulher Negra.

Coreografia: Marilda Cordeiro

Dançarina: Marilda Cordeiro 

Música: “Lamento dos povos esquecidos” – Marcos Viana e Sergio Pererê

10.06 . sexta. 15h30
BRADO

com Priscila Rezende


20min . LIVRE . PERFORMANCE

Centro Cultural Venda Nova – R. José Ferreira dos Santos, 184 – Jardim dos Comerciários

Anestesiar a crueldade, o sofrimento, a dor que assola cada vida negra que se vai vítima da violência, da injustiça e do racismo é com certeza um desejo constante. Mas, ao mesmo tempo, é necessário não deixar que estes fatos caiam no esquecimento, não deixar que essas vidas sejam enterradas fisicamente e também no tempo, tornando-se apenas mais um número na estatística. Assim, a artista enuncia seus nomes para que não sejam apagados. Declara suas vidas e suas mortes para dar significado à essa memória e torná-la presente e simbolicamente vivente. Na performance Brado, ao som de batidas do coração e tiros, a artista caminha e enuncia repetidamente o nome de diversas pessoas vítimas da violência policial e racial no Brasil, ao mesmo tempo em que carrega e distribui 111 rosas. 

25.06 . sábado . 20h
RÉCITA 1

com JOSY.ANNE

 

40min . LIVRE . TEATRO

Espaço Cênico Yoshifumi Yag i/ Teatro Raul Belém Machado  – R. Leonil Prata, s/n – Alípio de Melo

sons de renascimento, sons de vida e morte e vocalidades complexas contam a história de uma civilização que é perseguida por um bicho invisível, que quando se aloja no interior do indivíduo ele é movido pelo metabolismo da ganância. movimento, continuidade, autofecundação e, em consequência, eterno retorno. esses são um dos significados do símbolo do ouroboros: a serpente que come o próprio rabo serpenteia a dramaturgia cíclica da cena curta apresentando línguas criadas pelas artistas, cacofonias e silêncios que tensionam a ideia de exploração e desenvolvimento, devastação e civilização, consumo com existência. trazendo assim um espaço sonoro de reflexão. 

concepção e criação : Josy.Anne 

texto : Maré de Matos