Odu axé, com Ricardo Campos
O íntimo e o itinerante: um velho benzedor devoto de São Benedito reflete sobre o sentido do seu “fazer”. Assim, acaba por buscar no guardado a memória saberes e manifestações mantidas desde os seus ancestrais.
In Sã: o universo do Rosário em nós, com Evandro Nunes
A cena fala do ROSÁRIO, que reconstrói o universo com o intuito de registrar sua passagem aqui na terra. Com sua (In)sanidade, deseja ser o mar; não sabe de onde vem, apenas vem para o encontro, e, por isso, segue a voz que o indica por onde caminhar. Nesse caminhar acumula partidas e vazios que culminam na ausência – é ausente de si-, com seu olhar enviesado nos seus guardados procura emendar um tempo a outro e agora feito morto-vivo, vive. A cena posta traz consigo um universo DO ROSÁRIO mediado pelo olhar jovem de Anderson Feliciano e a corporeidade negra de Evandro Nunes.
Companhia: UP3 – União Performática Pessoas da Pessoa
Concepção: Anderson Feliciano e Evandro Nunes
Atuação: Evandro Nunes
Dramaturgia: Anderson Feliciano
Cenário: Marcel Diogo
Figurino: Zora Santos
Luz: Valber Palmeira/Preto Amparo/Evandro Nunes
Maquiagem: Catarina Queiroz
Classificação indicativa: LIVRE
Aparecida, com Renata Paz
Ao enterrar sua mãe, Aparecida desenterra sua identidade negra e as histórias de sua ancestralidade. Volta às suas origens para desenterrar tudo aquilo que a fez obedecer, emudecer e negar sua mãe homônima.
Atuação: Renata Paz
Direção: Adriano Borges
Dramaturgia: Amora Tito e Renata Paz
Trilha sonora ao vivo: Marcos Buraco
Iluminação: Gato de Luz
Produção: Amora Tito
Realização: Breve Cia
Comunicação: Mexerica Cultural
Classificação indicativa: LIVRE
O peso nas costas de minha mãe, da Coletiva Preta de Teatro
Protagonizar e viabilizar histórias de matriarcas que nos criaram é vital para a permanência e resistência de nossos corpos pretos pulsantes perante uma estrutura racista, patriarcal e exclusivista. Se faz necessário construir outras narrativas que questionam esse corpo negro para além das estatísticas. O peso nas costas da minha mãe nasce da necessidade de FALAR. Falar dessas, das nossas, e de outras tantas mulheres que nos acompanham pela vida. “De muitos nomes tem a mulher preta / Da fome de amor, de sexo, de respeito / A manutenção da vida que transborda e clama…” (SILVA, Cidinha, 2013)
Companhia: UP3 – União Performática Pessoas da Pessoa
Concepção: Anderson Feliciano e Evandro Nunes
Atuação: Evandro Nunes
Dramaturgia: Anderson Feliciano
Cenário: Marcel Diogo
Figurino: Zora Santos
Luz: Valber Palmeira/Preto Amparo/Evandro Nunes
Maquiagem: Catarina Queiroz
Classificação indicativa: LIVRE
A silhueta de Maria Efigênia, com Ana Elisa Gonçalves
Folheando o álbum de fotos de família, uma jovem se depara com uma lembrança silenciosa. A fotografia de uma parenta quase nunca mencionada dentro de casa, Maria Efigênia. Movimentada por aquela imagem, ela decide então dar voz a esse passado, rompendo com o silêncio. Através dessa memória também, a garota se conecta à história do estado de Minas Gerais.
Direção e Roteiro: Ana Elisa Gonçalves
Atriz e Pintora: Ana Elisa Gonçalves
Produção: Anna Miranda de Souza
Iluminação: Anna Miranda de Souza
Figurino: Ana Elisa Gonçalves
Pré-produção: Anna Miranda de Souza
Sonoplastia: Gui Ventura
Trilha Sonora: Improvisação – Gui Ventura
Imagens de 1960/1970: Arquivo Público do Estado de São Paulo
Classificação indicativa: LIVRE
Ebó, com Anderson Ferreira
“Partindo do ensinamento dos meus mais velhos de que a oferenda é um modo de devolvermos à natureza aquilo que retiramos dela para nos alimentar, esse ritual foi pensado para saudar as referências que me alimentaram por palavras, gestos, sons e imagens. São corpos, movimentos e adereços. Uma pesquisa no meio das encruzilhadas entre as manifestações afro-brasileiras. Compartilho com a rua os ensinamentos que sustentaram a minha caminhada até aqui. Por isso, evoco Exu para lhe oferecer, na rua, uma cena/ebó”.
Concepção e atuação: Anderson Ferreira
Direção: Andréa Rodrigues
Classificação indicativa: LIVRE
Baixa Visão, com Raniele Barbosa
Em Baixão Visão, uma canção-manifesto, a atriz Raniele Barbosa dá voz a duas personas, a uma doutora e a um paciente. No diálogo musical, o paciente reclama de um curioso pingo preto que lhe atrapalha a visão, levando-nos a um diagnóstico crítico-fatal da sociedade machista e racista em que nós, os personagens reais, vivemos.
Direção: Raniele Barbosa
Texto e atuação: Raniele Barbosa
Música: Raniele Barbosa
Trilha Sonora (percussão): Marcelo Dai
VideoMaker: Gabriel Beltrão
Iluminação: Gabriel Beltrão
Figurino e Maquiagem: Raniele Barbosa
Produção: Raniele Barbosa
Assistente de Produção: Igor Fonseca
Classificação indicativa: LIVRE
O Pianista, com Robert Gomez
O Pianista foi criado em sala de aula, a partir de uma provocação do professor nos encontros de formação de jovens palhaços do projeto Doutores da Alegria. Tem como referência de criação um número do Mr. Bean que também trata de um pianista. Já foi apresentado no Festival FIC, no Sesc, no Theatro Municipal de São Paulo e hoje faz parte do espetáculo PROT{AGÔ}NISTAS.
Criação e atuação: Robert Gomez
Classificação indicativa: LIVRE
EU, com Jeiza da Pele Preta
A cena EU foi criada na residência artística do Aquilombô – Fórum Permanente das Artes Negras, em 2019. Retrata um corpo negro em cena trazendo elementos afro-brasileiros e afro-futuristas, juntando técnicas circenses, experiencias em dança afro e musica ao vivo. Tem como grande objetivo trazer à cena um corpo negro feminino com suas raízes e atualidades e mostrar um circo mais brasileiro.
Criação e atuação: Jeiza Lucia Rodrigues Fernandes
Classificação indicativa: LIVRE
Projeto Solo Negro
2204, Edital 19/20
Lei Aldir Blanc no âmbito
do Estado de Minas Gerais