Ministério do Turismo e Instituto Unimed-BH apresentam

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PROJETO SOLO NEGRO APRESENTA QUATRO MONTAGENS EM SEU TERCEIRO ANO 

Com exibição on line, espetáculos formados por artistas negros de BH abordam diferentes temáticas da cultura afro, de 22 a 25 de outubro

Devido a pandemia do Covid-19, a edição de 2020 do projeto Solo Negro será apresentada de forma virtual. Idealizado por Mauricio Tizumba (Cia Burlantins), Solo Negro se propõe a criar um espaço de difusão do trabalho de artistas negros da cidade, com espetáculos que dialoguem com a cultura afro-brasileira contemporânea ou tradicional, e que tenham um formato solo. O projeto Solo Negro tem patrocínio do Instituto unimed-BH, viabilizado pelo incentivo de mais de 5,1 mil médicos cooperados e colaboradores.

Na programação estão quatro espetáculos que trazem a diversidade cênica em seus roteiros, incluindo circo, dança e teatro. A abertura ocorre no dia 22 de outubro com a montagem “Xabisa”, no qual os atores Michelle Sá e Alexandre de Sena fazem o encontro entre o humor dos jogos de palhaço e os elementos ancestrais da cultura afro-brasileira. No dia 23, sozinho no palco, Led Marques apresenta “Eu”, contando a história de um dançarino preto, morador de ruas, favelas e vielas, que encontrou na dança um sopro de vida para lutar contra a opressão. No dia 24, a atriz Danielle Anatólio apresenta o solo “Lótus”, espetáculo que tem como ponto de partida a poética feminina, sobretudo no contexto da liberdade, do feminino e do corpo de mulher negra. E o encerramento acontece no dia 25 de outubro, com “Presente + invisível”, de Roseane Corrêa, peça que trata da busca pela perfeição inalcançável diante do preconceito, da discriminação e do racismo. Os espetáculos serão exibidos no canal youtube.com/ciaburlantins, de quinta a domingo (22 a 25/10), sempre às 20h, gratuito.

Segundo Tizumba, embora não existam muitas pesquisas relativas ao tema, em Belo Horizonte seria leviano ignorar que as atrizes e os atores negros encontram um cenário marcado pela desigualdade de oportunidades. “Sejam nas rodas de conversas do FAN – Festival de Arte Negra, sejam nos debates de edições anteriores do Solo Negro, esse problema é frequentemente abordado. A marginalização desses corpos políticos, de suas narrativas e das estéticas afro-brasileiras acarreta em uma perpetuação da invisibilidade histórica que, por sua vez, reforça o racismo estrutural, em um perverso ciclo vicioso. Solo Negro, portanto, ao criar um espaço de valorização e de difusão do trabalho artistas negros, soma-se a projetos que vêm combater essa realidade”, explica.

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