com Juliene Lellis
OFICINA | 3 horas | LIVRE
Mimulus Escola e Cia de Dança
A oficina Palhaçaria Negra trabalha a escuta, a oralidade e a prontidão, abordando as temáticas étnico-raciais através de exercícios de palhaçaria, brincadeiras, improvisação, jogos teatrais e a formulação de pequenas cenas cômicas que partem do improviso e da oralidade.
O objetivo é trabalhar o poder propositivo e criativo, bem como a poética própria, o espontâneo, o imaginativo e a interação com outro.
Os exercícios propostos têm como base as manifestações culturais e artísticas afro-brasileiras como os palhaços da Folia de Reis, além das corporeidades presentes no coco, samba e funk.
JULIENE LELLIS
Juliene Lellis é atriz, palhaça e arte-Educadora, mestranda em educação (FAE/UFMG), formada no curso técnico de teatro à nível médio Teatro Universitário (T.U.) e possui licenciatura em Teatro, ambos cursados na UFMG. Desde de 2013 trabalha como palhaça na OSC Instituto Hahaha.
com Evandro Passos
TEATRO | 50 min. | LIVRE
Mimulus Escola e Cia de Dança
O espetáculo narra a trajetória do faiscador negro Isidoro Amorim, preso por um intendente que o acusou de contrabando. Foi arrastado pelas ruas do Arraial do Tijuco, hoje Diamantina, para servir de exemplo. No imaginário coletivo negro da cidade, Isidoro vive.
Com danças e cantos dos vissungos, o espetáculo procura desmistificar o título de contrabandista, dando-lhe o título de herói negro. Isidoro foi contemporâneo de Chica da Silva.
FICHA TÉCNICA
Ator: Evandro Passos
Músico: Leo Santos
Produção: Suelen Sampaio
Iluminação: Ryan Bernardes
com Circo Ancestral
CIRCO | 15 min. | LIVRE
Espaço Cênico Yoshifumi Yagi – Teatro Raul Belém Machado
Provocar o olhar sobre o fazer do circo e a sua pluralidade de movimentações. O círculo que reconecta as vivências.
Círculo Ancestral é uma apresentação composta por elementos das linguagens circenses e cênicas que dialogam com capoeira e musicalidade percussiva.
A construção se deu em coletivo, com a presença da corporeidade de cada indivíduo que carrega e presta reverência à sua ancestralidade. Em cena, o trio busca construir outro olhar sobre o fazer do circo fora da lona e de outros meios que compõem essa corporalidade enquanto artistas descentralizados, compartilhando saberes de matriz africana.
FICHA TÉCNICA
Direção: Carolina Fernandes
Duo Acrobático: Carolina Fernandes e Cristian Silvestre
Percussão: Geraldo Santos, Carolina Fernandes e Cristian Silvestre
com Grupo Identidade
DANÇA | 50 min. | LIVRE
Espaço Cênico Yoshifumi Yagi – Teatro Raul Belém Machado
O grito das pessoas subalternizadas, catequizadas, colonizadas, escravizadas, invisibilizadas, violentadas, hiper exploradas.
A partir de uma pesquisa sobre o genocídio da população negra e periférica do Brasil, Abre Caminho convida a vivenciar a realidade da cultura de Favela e as violências sofridas por jovens de Periferia. Através da poética, mostra as dores e os amores de uma realidade próxima de muitos e dita por tão poucos. O espetáculo busca ainda dar visibilidade ao trabalho cultural desenvolvido nas Favelas, promovendo as Periferias como espaço de questionamento das estruturas sociais vigentes e afirmação étnica-racial.
FICHA TÉCNICA
Dançarinas / Dançarinos: Letícia Maria da Silva Lima, Johny Robert Antunes Guilherme, Rafael Rosa da Silva, Rian Filipe Braz Silva, Breno Wiliam Paiva, Stephany Pinheiro da Silva, João victor Gonçalves Dias, Tiphany Gomes Rodrigues
Iluminadora: Dýãnà Alves de Souza
Assistente: Veec Santos
DJ: Gabriel Christian Soares (GRABS)
Diretor: Welleton Carlos Beato André (NEGONA DANCE)
Diretor Artístico: Leo Garcia
Gestor: Pablo Xavier Rocha
com Anderson Feliciano
OFICINA | 3 horas | LIVRE
ZAP 18
A ação formativa tem como um de seus pilares o compartilhamento de apontamentos e reflexões sobre as Poéticas do Tropeço, pesquisa de mestrado que Anderson Feliciano desenvolve em Dramaturgia com foco nos Estudos Decoloniais.
Articulando pensamentos decoloniais do campo da dramaturgia com o das artes visuais, das negritudes, dos gêneros e suas andanças, serão analisadas produções contemporâneas de artistas pretos.
As análises serão guiadas pelas noções de Fabulação Crítica, de Saidiya Hartman, e Comunidades Imaginadas Provisórias, de José Fernando Peixoto, além de exercícios práticos.
ANDERSON FELICIANO
Mestrando em Dramaturgia (UNA – Buenos Aires), Anderson Feliciano dedica-se à escrita, à performance e à curadoria. Atualmente coordena o Núcleo de Pesquisa em Performatividades Negras do Galpão Cine Horto. Participou do Festival de Arte Negra Kurice (Temuco / 2021) e Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (2021), e da residência artística Terrestre (fevereiro/2019), na Universidade de Princeton, em New Jersey. Como performer participou de festivais nos EUA e vários países da América Latina e Europa. A partir de sua pesquisa sobre as Poéticas do Tropeço, desenvolveu projetos de curadoria para a Mostra Polifônica Negra, o Festival PERPENDICULAR (2021) e a série Study Sessions: Field Stories (2019). Em 2020, Ensaio sobre Fragilidades recebeu o Prêmio Leda Maria Martins de melhor performance. É autor de Tropeço (editora Javali / 2020), O iníciO, com Mário Rosa (editora Caos & letras / 2022)
com Lucas Gonçalves
TEATRO | 60min. | LIVRE
ZAP 18
“Quem sou eu?”. Na tentativa de responder a essa pergunta, um jovem é atormentado por memórias que o instigam a uma possível resposta. Ele: neto de Geralda, ex-Rainha da Guarda de Marujo São Cosme e São Damião, e décimo filho da Maria, encontra suas raízes alicerçadas no terreiro de sua antiga casa, o mesmo local onde ele começou a entender que vivia – e ainda vive – em um Campo Minado.
FICHA TÉCNICA
Atuação e dramaturgia: Lucas Gonçalves
Direção cênica: Michelle Sá
Colaboração cênico-textual: Soraya Martins
Direção musical: Luciano Mendes de Jesus
Figurino/adereço e costura: Luiz Dias
com Guilherme Diniz
OFICINA | 3 horas | LIVRE
ZAP 18
Oficina teórico-prática que busca exercitar a crítica teatral como um ato político, reflexivo e poético disposto a confrontar olhares eurocêntricos e coloniais presentes no campo cultural.
A oficina estimula indagações sobre como o texto reflexivo pode tecer narrativas, memórias e perspectivas que questionem o mundo, a cena e suas relações a partir de saberes, referenciais e criações cênicas negras.
GUILHERME DINIZ
Guilherme Diniz é pesquisador, curador e crítico teatral, graduado em Teatro e mestre em Estudos Literários pela UFMG, tendo analisado a fortuna crítica do Teatro Experimental do Negro, no âmbito do teatro brasileiro moderno. Atualmente é editor do “Horizonte da Cena”, um dos mais significativos sites de crítica teatral de MG. Atuou como crítico em importantes festivais de teatro do país. Foi pesquisador no CPMT – Centro de Pesquisa e Memória do Teatro – no Galpão Cine Horto. É cofundador da Cia. Espaço Preto, investigando o Teatro Negro e as culturas afro-brasileiras. No exterior, estudou Literaturas e Dramaturgias Africanas de Língua Portuguesa, bem como Análise e Crítica do Espetáculo. Desde 2017 é um dos consultores do Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras (BH). É membro, desde 2020, da Associação Internacional de Críticos Teatrais (IACT/AICT), iniciativa ligada à UNESCO.
com Coletiva Preta de Teatro
TEATRO | 40 min. | LIVRE
ZAP 18
“Nós, mulheres negras, compreendemos a urgência em falar de cura, da potência do matriarcado na formação de nossos saberes e conhecimentos, passados de geração em geração, da bisa à avó, da avó à mãe, da mãe à filha, e assim em diante. Enxergamos a importância de criar espaços para falar dos saberes orais, das propriedades das ervas e plantas, das benzeções que aprendemos com nossas mais velhas, dos processos de cura compartilhados em comunidade, dentre outros saberes resguardados por nossos corpos.”
O espetáculo de contação de histórias negras tem como foco a propagação das histórias e contos das Yabás, cujo significado é “Mãe Rainha”, seguindo o pulsar da ancestralidade afro-brasileira por meio das “Escrevivências”, conceito criado por Conceição Evaristo.
FICHA TÉCNICA
Atuação: Elaisa de Souza.
Produção: Coletiva Preta de Teatro
Dramaturgia: Coletiva Preta de Teatro
Técnica de iluminação: Tainá Rosa
Percussão: Jocasta Rock
Direção: Sarah Vá Moreira
Figurino: Sarah Vá Moreira
com Vic Alves
OFICINA | 3 horas | LIVRE
Centro Cultural Vila Santa Rita
Tendo como ferramenta um estudo corporal que pretende incorporar as variadas técnicas corporais de estilos das danças da Cultura Hip Hop, a oficina tem o objetivo de levar às pessoas participantes elementos para desenvolverem sua expressão e consciência corporal e a dramaturgia do movimento com foco para a cena.
Serão abordados pilares básicos das danças urbanas, como o balanço do corpo em consonância com ritmos musicais variados, musicalidade, passos básicos, desenvolvimento de micro células coreográficas, improvisação, expansão e interpretação de temas através do corpo em movimento.
VIC ALVES
Vic Alves herdou a dança de família e, por isso, sempre dançou. Desde 2003, pesquisa Danças Urbanas (Locking, Popping, Breaking, Waacking, Vogue) e os estilos House Dance e Hip Hop Dance, essas últimas predominantes em sua atuação como intérprete dançarino, criador, professor e coreógrafo. Participou de diversos festivais competitivos e batalhas, além de ser intérprete dançarino, criador e diretor de espetáculos cênicos, experiências formativas e atuar como jurado técnico.
com Meibe Rodrigues
PERFORMANCE | 60 min. | LIVRE
Centro Cultural Vila Santa Rita
A atriz / performer Meibe Rodrigues recebe as pessoas individualmente para um breve aconselhamento. Trechos dos textos de Conceição Evaristo serão lidos para esta pessoa como se fosse uma reza de benzimento. Sentada numa mesa com cadeira ou banquinho, a performer recebe a pessoa já no ato de benzimento, passando pelo corpo do participante galhos de manjericão, única erva que irá compor o espaço. Em seguida a pessoa escolhe um texto (todos de Conceição Evaristo) que será lido pela atriz / performer. Finalizando, a pessoa pode se retirar do espaço, levando o texto .
FICHA TÉCNICA
Concepção, direção, atuação: MEIBE RODRIGUES
com Dj Black Josie
OFICINA | 3 horas | LIVRE
Centro Cultural Vila Santa Rita
Nesta oficina, pessoas interessadas na criação de trilha sonora para filmes, teatro, produção musical e criação de remixes têm a oportunidade de iniciar os estudos em música e produção musical.
Serão abordadas ferramentas digitais disponíveis para produção musical (Daws, Plugins de efeitos, Plugins Vst, Midi, áudio) e explorada uma perspectiva histórica da produção musical para maior entendimento do que é um home studio.
LUCIANA GOMES, DJ BLACK JOSIE
Musicista e produtora musical, Luciana Gomes dedica-se à pesquisa da soul music e sua reverberação no Brasil através do Baile Soul da Black Josie. Foi DJ residente no pub de música latina Los Mariachis, onde apresentava sets de salsa, cumbia, merengue e outros ritmos latinos. Fez parte da equipe de curadoria do Festival de Arte Negra, edição 2017. É integrante do corpo docente da Arena da Cultura / Escola Livre de Artes / Área de Bastidores das Artes / Trilha Sonora / Produção Musical.
com Mascote
DANÇA | 10 min. | LIVRE
Centro Cultural Vila Santa Rita
A pesquisa “Que corpo negro é esse” é ponto de partida para a criação da performance. O trabalho é um resgate dos conhecimentos de Dewson Mascote como artista preto, suas experiências e vivências de quebra dos padrões em uma sociedade racista. Na performance, busca a importância da ressignificação da cultura e do empoderamento das pessoas de pele preta. A proposta é expressar, a partir da arte, a dignidade e a humanidade desse corpo que foi, e é, escravizado. É no samba, no som do tambor, na sua crença, no sampler do DJ, na acrobacia do BBoy e no seu preto véio que expressa a força de sua ancestralidade e entende seu corpo presente hoje.
FICHA TÉCNICA
Bailarino e intérprete: Dewson Mascote
Provocador difusor e pesquisador: Gil Amâncio